A participação feminina no mercado de saúde




Denise Eloi
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Denise Eloi

CEO no Instituto Coalizão Saúde

Nos últimos 20 anos, foi possível observar mudanças interessantes no que diz respeito à inserção das mulheres no mercado de trabalho e à igualdade de gênero na sociedade. Apesar de o relatório “Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo: Tendências para Mulheres 2018”, publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) às vésperas do último Dia Internacional da Mulher, não mostrar números muito animadores – diferença de 26,5% entre a presença feminina e masculina no mercado de trabalho global, acentuada em países emergentes como Brasil, China e Índia – é indiscutível a evolução das últimas décadas.

Ao olhar para a área da saúde, essa evolução é ainda mais acentuada. Atualmente, nos Estados Unidos, as mulheres representam 78,4% da força de trabalho na área da saúde e assistência social, incluindo uma hegemonia de 92,8% na ocupação de assistente médico; já a participação feminina em cargos executivos ou de diretoria é de apenas 13,5%. Na visão dos especialistas, no entanto, essa grande lacuna está prestes a diminuir: levantamento recente do American College of Healthcare Executives mostra que, em 15 anos, é esperado que 37% a 47% de mulheres ocupem cargos de liderança no país.

No Brasil, houve um salto significativo na quantidade de mulheres médicas nos últimos 100 anos. Em 1910, a população médica feminina e masculina era de 2.956 e 10.314, respectivamente, o que representava 250% mais profissionais do sexo masculino; em 2010, esse número caiu para 50%, com 145.568 mulheres e 219.189 homens. A diferença ainda é significativa, mas o avanço também.

Ampliando o escopo para a ciência no geral, o cenário também é positivo. O Gender in the Global Research Landscape mostra que, na área da ciência, o Brasil é líder mundial em relação a igualdade de gênero: 49% de toda produção científica do país é feita por mulheres – Portugal atinge a mesma porcentagem, mas o Brasil lidera em termos de quantidade. Esses números colocam o Brasil na frente de potências científicas como Dinamarca, Japão, EUA e União Europeia. Outro dado animador é que, ao comparar os períodos 1996-2000 e 2011-2015, a participação feminina é crescente em todos os países com o passar do tempo, mostrando uma tendência.

Assim como ocorre em diversos setores, a participação feminina na área da saúde, apesar de significativamente menor que a dos homens, é crescente. Como as estatísticas mostraram, as mulheres já dominam alguns cargos técnicos e estão, cada vez mais, ocupando cargos de tomada de decisão. A tendência para o futuro é de avanço, e cabe a cada um dentro desse mercado promover mudanças que possibilitem mais inclusão e representatividade feminina no mercado de trabalho, nas mais diferentes áreas e funções.

link do Artigo original: https://www.linkedin.com/pulse/participa%C3%A7%C3%A3o-feminina-mercado-de-sa%C3%BAde-denise-eloi/

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