Pequeno Príncipe atua na prevenção da resistência aos antimicrobianos
O Hospital Pequeno Príncipe apoia a Semana Mundial de Conscientização Antimicrobiana, promovida pela OMS até o dia 24 de novembro, que em 2022 tem o seguinte tema:
“Juntos, prevenindo a resistência antimicrobiana.”
O Programa de Stewardship de Antimicrobianos do Hospital Pequeno Príncipe preza pelo uso efetivo e individualizado desses medicamentos. A iniciativa envolve a articulação entre uma equipe multidisciplinar para avaliação do melhor tratamento para cada paciente.
Os antimicrobianos são substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, vírus e fungos, incluindo medicamentos antivirais e antifúngicos, sendo os antibióticos utilizados especificamente para infecções bacterianas. O uso indiscriminado desse medicamento, entretanto, pode causar a resistência dos microrganismos, tornando as infecções mais difíceis de tratar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,3 milhão de pessoas morram a cada ano devido aos efeitos diretos da resistência bacteriana aos antibióticos.
A farmacêutica clínica Marinei Ricieri, do Hospital Pequeno Príncipe, enfatiza a importância desse uso criterioso – ou seja, usar o antibiótico correto quando necessário e retirar o medicamento em tempo oportuno – dos antimicrobianos especialmente na instituição que tem atendimentos de média e alta complexidade. “A maioria das infecções são agudas e tratáveis, porém se mal tratadas, com antibiótico incorreto e na dose insuficiente, pode ter consequências importantes para os pacientes, como por exemplo maior tempo de internamento, uso de vários esquemas de antibióticos e risco aumentado de reações adversas”, alerta a especialista.
As infecções bacterianas precisam ser tratadas com o uso de antibiótico, sempre depois da avaliação clínica, prescrição e orientação médica.
Cuidados no uso dos antimicrobianos
A resistência ao antibiótico ocorre quando o medicamento age no organismo eliminando as bactérias mais fracas e deixando as mais fortes – também conhecidas como superbactérias. “As superbactérias não respondem à maioria dos antibióticos e, com isso, o número de antibióticos ficam limitados. Hoje, existem bactérias que não respondem a nenhum antimicrobiano, podendo levar o paciente a óbito”, declara.
Por isso, evitar o uso de antibióticos é um grande benefício. De acordo com a farmacêutica clínica, as infecções mais comuns que atingem as crianças são as respiratórias. Nesses casos, cabe ao médico diferenciar uma infecção viral de uma bacteriana, que podem ter sintomas muito semelhantes. “A viral é autolimitada, ou seja, tem início, meio e fim. Nesse caso, não deve ser utilizado antibiótico, apenas medicamentos que auxiliem nos sintomas, como febre, dor de cabeça, coriza, entre outros”, explica. Logo, sempre após a ida a um serviço de emergência, cuja principal suspeita seja de uma infecção viral, evite solicitar ao médico que prescreva algum antibiótico para esse tratamento.
Todas as infecções bacterianas precisam ser tratadas com o uso de antibiótico, sempre depois da avaliação clínica, prescrição e orientação médica. A melhora dos sintomas ocorre de 48 a 72 horas após o início do uso do medicamento. Se não houver melhora ou algum tipo de reação, é muito importante que os pais ou responsáveis entrem em contato com o pediatra da criança.
Principais dúvidas para esclarecer com o pediatra
Cada antibiótico tem características específicas, que podem impactar a efetividade do tratamento da infecção. Por isso, a importância de os pais e responsáveis esclarecerem as principais dúvidas com o pediatra da criança ou adolescente, como:
– O antibiótico prescrito pode ter alguma interação com alimentos, bebidas ou outros medicamentos?
– Qual é o intervalo para uso do antibiótico (de 6h em 6h, 8h em 8h ou 12h em 12h)?
– Quais são as principais reações do antibiótico (exemplo: diarreia, vermelhidão na pele, coceira)?
– Qual é o tempo necessário de tratamento?
Fonte: Hospital atua na prevenção da resistência aos antimicrobianos (pequenoprincipe.org.br)
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