Empresa cria robô que ajuda enfermeiros e faz sucesso com pacientes
Duas especialistas em robótica se uniram para criar um robô que busca ajudar enfermeiros com suas tarefas operacionais — aquelas que não envolvem contato com humanos.
Moxi, o robô desenvolvido pela empresa Diligent Robotics, é ligado ao sistema eletrônico de registros de saúde do hospital e automatiza cerca de 30% das funções dos enfermeiros.
O robô passou por um período de testes em alguns hospitais no Texas, nos Estados Unidos, e os resultados surpreenderam até mesmo as desenvolvedoras do sistema.
“Alguns enfermeiros diziam: ‘isso me assusta, eu não gosto de robôs e IA’. Mas, no fim do período, estavam falando ‘hey Moxi, como você está?’ Foi uma mudança dramática em questão de duas, três semanas”, afirmou Andrea Thomaz, ex-professora de Robótica na Georgia Tech e uma das fundadoras da Diligent, em entrevista ao site Fast Company.
O robô, que foi desenvolvido para ser amigável às pessoas, agradou até mesmo os pacientes dos hospitais, que o viam passando pelos corredores.
Equipado com um braço mecânico e várias rodinhas, uma das funções desempenhadas pelo Moxi é pegar um pacote de suprimentos para um novo paciente e deixá-lo no quarto toda vez que o sistema eletrônico registra que um leito está vago.
“Eles (os enfermeiros) nem precisam mais se preocupar em falar para o robô fazer as coisas”, diz Vivian Chu, a outra fundadora da companhia e PhD em Robótica pela Georgia Tech, também em entrevista a Fast Company.
Para Andrea, Moxi não substitui o trabalho de enfermeiros. Ele funciona como um auxiliar, já que os enfermeiros poderão dedicar mais tempo ao tratamento dos pacientes em si. "É difícil argumentar que estamos roubando o emprego de alguém. Estamos, na realidade, tentando fazer os enfermeiros irem mais longe.”
Com o fim do período de testes, a empresa pretende implementar definitivamente a tecnologia em até quatro hospitais ainda em 2019. A companhia também planeja desenvolver robôs para outras áreas industriais.
“Nosso objetivo é trazer os robôs para os mercados em que eles podem trabalhar lado a lado com as pessoas. Isso vai permitir que os profissionais possam fazer muito mais. Acreditamos que os colegas robôs serão um grande passo [para o futuro trabalho]”, afirma Andrea.
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