Foi a óbito a gestão tradicional de saúde
Artigo de Anna Claudia Junqueira
Apesar de todos os esforços, a gestão tradicional de saúde não resistiu e foi a óbito. Ou seja, aquele velho jeito de fazer as coisas já não funciona mais. Segredos e fórmulas prontas não se aplicam mais ao cotidiano globalizado e mutável no qual vivemos atualmente. Tudo que está em pleno funcionamento pode mudar – e mudará – de uma hora para a outra com as novas tendências, tecnologias e inovação, sobretudo na área da saúde.
Inovar está em fazer além do bê-á-bá. Ser inovador é ser criativo, mas com pensamento crítico, de olho em novas fórmulas decisivas para a gestão de saúde. E, muitas vezes, trata-se apenas de melhorar o que já existe, ter ideias prósperas e viáveis que gerem resultado e, principalmente, façam a diferença na vida das pessoas. Uma empresa ou um profissional, para inovar, precisa, antes de qualquer coisa, ser resolutivo.
A resolubilidade é imprescindível em todos os segmentos, afinal, ninguém tem mais tempo para perder com soluções de longo prazo, e, na área da saúde, não é diferente. Romper com o modus operandi da gestão tradicional de saúde é fundamental para desenvolver o segmento e dar mais acesso à população, oferecendo ainda mais serviços de qualidade, soluções adequadas e com custo viável para operadoras e pacientes, além de um atendimento integral, em que o paciente é visto de forma individual e completa por uma instituição capaz de resolver ou encaminhar todas as suas necessidades.
Na era da integração entre os mundos físico, virtual e digital, em que as pessoas viverão mais – em 2030, o Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo –, os serviços de saúde precisarão estar um passo à frente, e acredito no investimento em saúde primária como solução para a nova gestão de saúde.
Capacitar médicos – ou resgatar a figura dos médicos de família – e profissionais da área para conhecerem mais, ouvirem mais e informarem mais seus pacientes, aliados a centros de saúde integrados para uma atenção básica bem-feita e completa, tem demonstrado ser um caminho bem-sucedido no sistema de saúde. Educar e prevenir é mais barato que tratar: o médico de família – ou seja, apenas um profissional – pode lidar com até 70% dos problemas de saúde.
Acredito que conhecer e acompanhar o paciente ao longo da vida, orientá-lo e atuar na prevenção de doenças, identificando os problemas de saúde e tratando-os para que não se agravem – ou direcionando os casos mais graves e complexos para atendimento especializado –, é o caminho para solidificar a ideia de inovação em saúde, tudo isso concentrado, conectado e integrado!
Artigo originalmente publicado em 5 de setembro de 2019 por Anna Claudia Junqueira
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