A Foto que demitiu a Enfermeira

A enfermeira tirou fotos dos colegas de trabalho durante o expediente para mostrar o ambiente alegre em que cumpriam o plantão (num domingo) e postou no Facebook.

A princípio tudo bem, pois pressupõem-se que quem se abraçou e posou para o retrato consentiu com ele.

Acontece que colega de trabalho não é amigo e nunca se sabe como as pessoas irão reagir a situações que, para você, não têm maior relevância.

A importância das coisas é subjetiva e cada um tem o seu próprio critério de julgamento, que quase sempre é surpreendente.

A diretoria do hospital particular em Pernambuco não gostou de ver os funcionários da UTI – que é ambiente de compenetração – naquela alegria e resolveu puni-los pela foto, até porque o seu logotipo era visto nos uniformes e o estabelecimento temia que quem o visse concluísse que as enfermeiras ficavam brincando e tirando fotos ao invés de observar os pacientes.

A situação é cheia de subjetivismos, má compreensão do contexto e exageros, mas fato é que os empregados foram demitidos por justa causa por mau procedimento ao agirem daquela forma.

O TST, em Brasília, manteve a demissão por entender que a conduta da enfermeira foi grave ao ponto de justificar a sua dispensa por justa causa.

Não se pode falar nem mostrar tudo o que se quer sobre o seu trabalho na rede social, mesmo que seja na sua página pessoal, pois o que se publica sai do controle e as pessoas fazem comentários maldosos no post de sua responsabilidade. E o "furdúncio" está feito.

Nas relações entre patrão e empregado não existe espaço do “dito pelo não dito” e não se deve esperar bom senso das pessoas.

Todas as situações não desejadas têm que ser informadas por escrito e os empregados devem assinar o documento de ciência delas, pois só assim a mensagem será eficiente e os limites compreendidos.

Você acha que o hospital agiu certo?

Ou a demissão foi exagerada?

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