Grupos de mulheres com maiores impactos para o risco do coronavírus

artigo de Val Sátiro

Nós mulheres somos “cuidadoras primárias”, naturais...

À medida que o coronavírus continua a se espalhar globalmente, alguns profissionais e especialistas em saúde têm preocupações crescentes sobre como o vírus pode impactar desproporcionalmente as mulheres.

Mulheres acima de 60 anos em geral, estão entre as mais vulneráveis e as com imunidade baixa por tratamentos diversos....porém há outras com altos fatores de riscos, como as da área diretamente da saúde. Além de nós mulheres sermos maioria dos profissionais de saúde no Brasil e no mundo, somos predominantemente  as principais cuidadoras de nossas famílias. Isso significa que muitas mulheres na área da saúde estão equilibrando uma intensa vida profissional e familiar...

Sem dúvidas as mais vulneráveis, são as profissionais diretamente do setor da saúde, em contato com os pacientes, como enfermeiras, médicas, técnicas em laboratórios, em constante ambiente como o home care, hospitalar, prontos atendimentos, etc....

No momento, as mulheres no Brasil detêm 76% dos empregos na área da saúde, e de acordo com o COREN, na enfermagem, onde os trabalhadores estão na linha de frente das interações com os pacientes, as mulheres representam mais de 85% da força de trabalho.

No passado, as profissionais trabalharam com os pacientes que tiveram a gripe, tuberculose e outras transmissíveis doenças, mas o coronavírus é diferente. Além do vírus ainda não ter vacina, a corrida de pessoas infectadas levou alguns profissionais de saúde a temerem que também possam contrair o vírus.

Outra grande preocupação dessas mulheres [em profissões da área de saúde] é que também têm a responsabilidade de cuidar dos pais, que geralmente são idosos e das crianças em idade escolar. Portanto, suas vidas são enormemente impactadas pela preocupação com parentes idosos e pelo fechamento de escolas.

Uma pesquisa, da OMS, mostra que hoje mais de 75% dos cuidadores são as mulheres. Embora os homens também prestem assistência, os dados mostram que as mulheres gastam até 50% mais tempo cuidando de um membro da família do que os homens.

Um bom exemplo de ações para apoio, as mães que precisam dar continuidade aos seus trabalhos, em Washington, um dos estados mais atingidos  pelo coronavírus, nos EUA, o governador pediu aos superintendentes distritais que  prestassem assistência infantil gratuita aos profissionais de saúde  e socorristas que precisam estar no trabalho. E em um hospital em Seattle, os médicos receberam e-mails do departamento de recursos humanos sobre planos para “ativar recursos adicionais”. Isso inclui trabalhar com programas universitários locais para combinar estudantes credenciados com “interesse no desenvolvimento infantil” às famílias carentes. Até o momento, não há informações sobre quando esses planos entrarão em vigor.

“O lado bom é que as pessoas que entram no setor de saúde, sejam enfermeiras ou médicas, fazem isso porque querem ajudar as pessoas”. “Então, enquanto as pessoas normalmente fogem da tragédia, essas são as pessoas que correm em direção a ela, e precisamos apoiá-las e mantê-las seguras”.
Outro grupo de mulheres a se observar mais pontualmente, são as grávidas:

  • O risco de resultados maternos e neonatais adversos associados ao COVID-19 é amplamente desconhecido, mas especialistas médicos suspeitam que os sintomas do COVID-19 possam ser mais graves em mulheres grávidas do que em mulheres não grávidas. Com base em pequenos estudos, o novo coronavírus não parece passar da mãe para o feto durante a gravidez, mas alguns casos de infecção neonatal foram notados e mais pesquisas são necessárias;
  • Praticar o distanciamento social durante a pandemia de COVID-19 pode ser mais difícil para as mulheres grávidas, a maioria das quais exige visitas pré-natais semanais a mensais durante a gravidez. O uso da telemedicina no pré-natal pode ser uma nova maneira de limitar a exposição ao COVID-19 para mulheres grávidas, mas os desafios logísticos e a falta de uma política de cobertura uniforme entre as seguradoras, órgãos reguladores e os governantes, ainda impõem barreiras à implementação da telemedicina;
  • Devido a questões de segurança, as mulheres grávidas e lactantes foram historicamente excluídas dos tratamentos e dos testes de vacinas, até que o FDA aprove o uso na população em geral. Se esse for o caso do COVID-19, pode haver um intervalo de tempo entre as mulheres grávidas terem acesso ao tratamento e às vacinas, em comparação com o restante da população.
  • O custo pode ser uma barreira ao comportamento de busca de saúde. Uma vez desenvolvida a vacina para o novo coronavírus, garantir que a vacina esteja disponível sem compartilhamento de custos provavelmente aumentará as taxas de vacinação entre mulheres grávidas.


Fonte pesquisada:

OMS - https://www.who.int/

Val Sátiro – Fundadora da Interação Saúde Mulher – www.interacaosaudemulher.com.br









Val Sátiro

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Promoção da Saúde

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